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Museu de Ciências da UFG participa da 19ª Primavera dos Museus com Foco em Mudanças Climáticas

Texto por Letícia Carvalho

 

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Integração entre o Pátio da Ciência e o Museu de Ciências Morfológicas

 

O Museu de Ciências da Universidade Federal de Goiás (UFG) encerrou com êxito a sua participação na 19ª Primavera dos Museus, evento anual promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Realizado de 1º a 30 de setembro, o evento deste ano teve como tema central "Museus e mudanças climáticas", convidando à reflexão sobre o papel das instituições museológicas no enfrentamento da crise ambiental global. A programação diversificada do MC-UFG destacou a importância da ciência, da história e da cultura na conscientização e busca
por soluções para os desafios climáticos.

As iniciativas foram cuidadosamente planejadas para alinhar-se ao tema da Primavera dos Museus, evidenciando como os museus podem ser plataformas vitais para documentar, pesquisar, educar e intervir nas práticas relacionadas aos impactos ambientais. Os núcleos do MC-UFG desempenharam um papel fundamental,
proporcionando experiências únicas e educativas.


Destaques da Programação por Núcleo


O Ateliê Tipográfico transportou os visitantes para o século XIX, permitindo uma imersão na história da impressão. Com um acervo impressionante de maquinários históricos, incluindo duas Linotipos e diversas impressoras Minerva, o espaço ofereceu demonstrações práticas e vivências com tipos móveis. Esta atividade ressaltou a evolução da comunicação e a beleza da composição tipográfica, conectando o passado tecnológico com as discussões contemporâneas sobre informação e conhecimento.

 

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Exposição de Entomologia


Estudantes do ensino fundamental e médio também tiveram a oportunidade de participar de visitas mediadas ao Museu de Ciências Morfológicas Arlindo Coelho de Souza. Criado em 2011, o MCM-ICB/UFG, que homenageia o cientista que se dedicou a socializar e divulgar o conhecimento científico sobre o corpo humano e animal. Através do estudo de cadáveres e peças anatômicas, os participantes puderam explorar os diversos sistemas orgânicos e ampliar seus conhecimentos em anatomia, em sessões realizadas às sextas-feiras, das 08h00 às 11h20, durante todo o mês.

O Museu de Geociências apresentou uma exposição cativante de desenhos, pinturas e fotografias aéreas, abrangendo desde os anos 50 até os dias atuais. Um dos pontos altos foi o rico acervo de fotos aéreas de Goiás, provenientes do projeto USAF-AST-10, um convênio Brasil-EUA das décadas de 60. Essas imagens, cruciais para a cartografia da época, serviram como documentos valiosos para registrar as mudanças ambientais no bioma Cerrado, oferecendo uma perspectiva histórica das transformações paisagísticas. 

 

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Gás da lâmpada reagindo com bobina

 

No Pátio da Ciência, a interação e a diversão foram as palavras-chave. Localizado no Campus Samambaia, este centro de difusão científica proporcionou um ambiente dinâmico com mais de uma centena de experimentos e demonstrações em Física e Química. A iniciativa visou estimular a curiosidade e a reflexão, sendo ideal para estudantes e toda a comunidade, promovendo o aprendizado lúdico e seguro.

 

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Estande do Clube de Astronomia Cecília Payne

 

Em um evento especial no dia 25 de setembro, às 19h30, o Planetário da UFG convidou o público para uma viagem cósmica. Guiados por mestres e doutores, os participantes desvendaram os segredos do espaço com o projetor Zeiss Spacemaster, o mais antigo em funcionamento no Brasil. As sessões educativas proporcionaram uma experiência única de diversão e conhecimento para todas as idades, explorando a beleza das
estrelas e planetas.

PlanetárioVisitantes da sessão especial do Planetário


Impacto e Legado


A 19ª Primavera dos Museus no Museu de Ciências da UFG reforçou o papel vital dos museus como centros de preservação, educação e engajamento comunitário. Ao abordar o tema das mudanças climáticas, o evento não apenas valorizou o patrimônio histórico e científico, mas também estimulou a reflexão crítica sobre um dos maiores desafios da atualidade. A participação ativa dos diversos núcleos do MC-UFG demonstrou a capacidade da instituição de se conectar com a comunidade, aumentar sua visibilidade e promover a democratização do acesso à cultura e ao conhecimento científico. O sucesso da iniciativa sublinha a importância de continuar investindo em programas que unam ciência, cultura e responsabilidade socioambiental.

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